09/11/2011

Encontro religioso na Feira de São Joaquim

Camila Tíssia
Imagem de Santa Bárbara com utensílios de candomblé ao fundo. Fotos: Camila Tíssia / Renato Fonseca
Dentre a grande variedade de religiões existentes no Brasil, é na amada Bahia que o sincretismo religioso está presente com maior força. Sincretismo resulta na fusão de duas ou mais religiões. No estado, essa mistura aparece com mais clareza em duas crenças em especial: o catolicismo e o candomblé. Para cada santo católico existe a associação a um orixá.


Mergulhar nesse ambiente de crenças distintas e ao mesmo tempo entrelaçadas causa fascínio. Na Feira de São Joaquim, localizada entre a Baía de Todos os Santos e a Avenida Oscar Pontes, no bairro do Comércio, é forte a venda de artigos religiosos.

Colares usados como proteção dos orixás
A feira possui cerca de 4 mil barracas, espalhadas em 10 quadras, onde a variedade de artigos afro-religiosos e indígenas é grande: imagens de santos e orixás, velas, cachaça (muito usada para trabalhos no candomblé), sabonetes e folhas para banho, colares, atabaques, entre outros.

Variedade de artigos em uma das barracas da feira
Os feirantes atendem a população local e aos turistas, que somados chegam quase a 15 mil por dia. Eles oferecem outras mercadorias como: farinha, verduras, frutas, camarão, carnes, ovos, cerâmicas, doces, além dos artigos usados em rituais de umbanda e em outras celebrações, que também podem ser adquiridos. Numa visita à feira, o preconceito de pessoas que têm resistência em aceitar que o candomblé e o catolicismo possam viver em harmonia cai por terra.

Nossa Senhora de Aparecida
Na feira há uma profusão de imagens do sagrado (Yemanjá) e do profano (cangaceiro)

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