22/11/2011

Augusto Pereira: “a Ceasa é uma mãe”

Vaneide Batista


Fotos: Divulgação/EBAL
Augusto Pereira nasceu em Salvador. No alto dos 61 anos de vida, ele diz: “trabalhei muito para chegar onde estou”. Da barraca, onde vende frutas e verduras na Ceasa do Rio Vermelho, obtêm o sustento da família. Pereira é casado e tem três filhos. A luta em conjunto com a família é motivo de orgulho. “Foi aqui, trabalhando nessa barraca, que consegui cuidar de mim e dos meus filhos”, pontua.


O soteropolitano trabalha na Ceasa há dez anos. Antes disso foi chefe de departamento de pessoal em uma empresa de construção civil. “Na época fiquei desempregado e acabei sendo obrigado a entrar no ramo do comércio”.


A área de trabalho foi, a princípio, uma novidade para Pereira, já que era a primeira vez que vendia frutas. Ao longo do tempo, foi se adaptando ao novo ofício. E hoje, como ele mesmo diz, “a Ceasa é uma mãe para mim”. Apesar das lembranças do passado, o feirante confessa que hoje é feliz com o que faz. “Não abro mão do meu trabalho”.

Durante o serviço, Pereira ensaia um ou outro sorriso aos clientes. Anda de um lado para outro quase sem parar. É preocupado em atender bem toda a clientela. Chegar a trabalhar 15 horas por dia. O jeito simples e humilde é um diferencial muito importante para o relacionamento com as pessoas. “Sinto-me muito bem. Aqui, sou querido por todos”, comenta.


Apesar de tudo, Pereira tem algumas críticas. Para ele, a Ceasa traz alguns transtornos, devido à degradação da área: mau cheiro, calor escaldante e desorganização. Os problemas do espaço são visíveis. Trabalhadores e consumidores reclamam da falta de conforto do local. “Mas ainda vale a pena trabalhar”, admite Pereira.

Aos que buscam melhorias, uma boa notícia: a prefeitura e o governo vão realizar a restauração do lugar. A ação, que visa beneficiar os trabalhadores, promoverá melhorias nos boxes e no ambiente. As áreas de lazer também serão renovadas. O estacionamento do local será ampliado, melhorando o acesso aos clientes.
A Ceasa do Rio Vermelho, localizado na Avenida Juracy Magalhães Júnior, é conhecida também como Ceasinha. Um apelido carinhoso dos feirantes ao local de trabalho.

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